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Amo-te, amo os olhos de ambos, vivo entre os olhos e a imaginação numa sala com dia e noite e oscilações de luminosidade e desejo ser só a imaginação no teu pensamento, mas se o meu corpo morre, se eu não te dou o meu corpo, tu vens olhar-me (procurar-me) nos olhos, tentas esticar os meus braços?
Pede-me para eu pousar a minha boca no teu pescoço (e sentir os goles que este copo de água der).
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Nuno Moura
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