domingo, 19 de abril de 2009

Sou filha de poetas populares ...

Entre o Minho e o Alentejo encontraram-se dois poetas populares ...

Se eu quisesse bem podia
Fazer o dia maior
Dava um nó na fita azul
e fazia parar o sol

Toma lá que te dou eu
Rapariga de Fortuna
Uma mão cheia de nada
E outra de coisa nenhuma

Minha mãe para eu casar
Prometeu-me três ovelhas
Uma manca, outra cega
Outra mona sem orelhas

Viva para quem vive
Quem agora aqui chegou
Eu estava para me ir embora
Mas agora já não vou

Oh minha filha, minha filha
Amor do meu coração
Deus te dê muito dinheiro
Para comprar o pão

Querida filha vais-te embora
Para tua casa adorada
Nós ficamos a pedir a Deus
Que nunca te aconteça nada

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