quinta-feira, 10 de julho de 2008

Despontar de …


Preferia as lágrimas aos sonhos. Estes últimos irritam pela impossibilidade de os controlar. Acordar e saber com o que sonhámos, cenas incómodas, impossíveis de controlar.

Se os sonhos são obrigatórios então deviam ser sempre agradáveis. Acordar com uma sensação de familiaridade de dias bons. Mas o despertar parece insistir em transformar essa sensação em nostalgia, inicialmente remediável, como se tudo se resolvesse com “um virar para o outro lado” ou com um estender de mão. E o despertar convicto, esse impossibilita seguramente estancar essa nostalgia e vem mesmo transformá-la em desilusão. Não conseguir voltar a adormecer, procurar o conteúdo do sonho na memória. O despontar de uma Perturbação.

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